O Short Friday é uma prática que equilibra trabalho e vida pessoal, oferecendo jornada reduzida às sextas-feiras. Com horário flexível, promove bem-estar no trabalho, aumenta a produtividade e melhora a qualidade de vida, sendo uma excelente iniciativa de RH para reter talentos. Saiba mais!
O conceito de Short Friday vem ganhando força globalmente. Empresas que adotam essa prática oferecem aos colaboradores a possibilidade de reduzir o expediente nas sextas-feiras, mantendo ou até melhorando os resultados.
Continue lendo e descubra tudo sobre esse modelo de flexibilidade no trabalho!

O que é o Short Friday?
O termo Short Friday, ou “sexta-feira curta”, refere-se à redução da jornada de trabalho nas sextas-feiras, geralmente com a compensação das horas nos outros dias da semana.
A iniciativa pode ser estruturada conforme o modelo de negócio e com as funções exercidas pelos colaboradores.
💡O objetivo é aliviar o estresse, permitir mais tempo para a vida pessoal e, ao mesmo tempo, estimular uma gestão eficiente do tempo de trabalho.💡
Uma equipe que pode comemorar o “sextou” mais cedo, tende a retornar muito mais motivada na segunda-feira.
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Benefícios do Short Friday para empresa e colaboradores
O Short Friday traz uma série de benefícios tanto para as empresas quanto para os colaboradores, especialmente quando se trata de melhorar o bem-estar no trabalho e proporcionar horário flexível.
Essa é uma das iniciativas de RH que podem contribuir para aumentar a satisfação dos funcionários, o que, por sua vez, impacta positivamente a produtividade e a retenção de talentos.
Confira os principais benefícios dessa prática inovadora:
Equilíbrio entre vida profissional e pessoal
O Short Friday oferece aos colaboradores um tempo extra para se dedicarem a hobbies, lazer e convivência com a família.
Essa iniciativa não só reduz o estresse acumulado ao longo da semana, mas também favorece o engajamento e a produtividade da equipe, inclusive na sexta-feira.
Produtividade e eficiência
A Islândia foi o primeiro país do mundo a adotar jornadas de trabalho reduzidas.
De 2015 a 2019, cerca de 2500 colaboradores de órgãos públicos (aproximadamente 1% da população islandesa) passaram a trabalhar entre 35 e 36 horas semanais em vez de 40 horas, sem que essa diminuição representasse corte nos salários.
O resultado foi positivo: a aprovação entre os trabalhadores chegou a 86%. Mais produtivos, eles experimentaram menos casos de exaustão mental, conhecido como burnout.
Ao fim do experimento, foi oficializada a semana de trabalho de 4 dias, que tem sido muito discutida atualmente no Brasil.
Entre 2021 e 2022, 59% das ofertas de trabalho na Islândia tiveram carga horária reduzida.
Para 97% dos islandeses, ficou mais fácil equilibrar a vida pessoal e o trabalho: 42% acreditavam, ainda, que o estresse na vida privada havia diminuído também. Os dados são de uma pesquisa conduzida pelo Social Science Research Institute.
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Bem-estar no trabalho e qualidade de vida
Uma jornada reduzida pode trazer impactos positivos significativos para os colaboradores.
De acordo com uma pesquisa do Instituto DataSenado, 54% dos brasileiros acreditam que uma carga horária menor contribui diretamente para melhorar a qualidade de vida.
Essa crença se deve, principalmente, aos benefícios para a saúde mental, como a redução do estresse e o aumento do tempo disponível para descanso e atividades pessoais.
Retenção de talentos e satisfação dos funcionários
Oferecer uma jornada reduzida é um diferencial competitivo para as empresas.
No Brasil, onde a carga horária padrão é de 44 horas semanais, a pesquisa do Senado Federal mostra que 85% dos trabalhadores acreditam que teriam mais qualidade de vida com menos horas de trabalho.
Além disso, 78% afirmam que conseguiriam manter a mesma qualidade nas entregas,
68% garantem que lidariam bem com o volume de tarefas e 69% não temem sobrecarga por conta da jornada reduzida.
Além de práticas como o Short Friday, a implementação de benefícios flexíveis, como o cartão multibenefícios, é uma excelente maneira de promover o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Colaboradores podem aproveitar o tempo extra utilizando um saldo livre ou um valor destinado a gastos específicos como educação, cultura e saúde com cartões pré-pagos carregados pela empresa.
Quais empresas têm Short Friday?
Não faltam exemplos de empresas que implementaram a semana de trabalho reduzida, cada uma a seu modo.
A farmacêutica Takeda adotou o Short Friday em 2010, após observar os resultados positivos da prática durante o verão.
Além da sexta-feira reduzida, a empresa oferece folgas extras no aniversário dos colaboradores e de seus filhos, saídas antecipadas em vésperas de feriados e três dias adicionais de descanso por ano.
Desde 2011, a Bayer aplica a prática para funções administrativas, com expediente das 7h30 às 13h30 nas sextas-feiras. A medida é opcional e exige a compensação de horas nos outros dias da semana.
Já a concessionária de energia Enel adota o Short Friday para engenheiros em funções administrativas, com redução de três horas no expediente às sextas-feiras.
A política exige a compensação durante os outros dias úteis e é restrita a colaboradores que não estão diretamente ligados à operação de sistemas de geração e distribuição de energia.
Como implementar o Short Friday nas empresas
Antes de implementar o Short Friday, é essencial que a empresa invista tempo em planejar a mudança.
A comunicação transparente sobre a semana de trabalho reduzida e impacto positivo na eficiência no escritório a partir dela é fundamental.
Ao envolver os colaboradores no processo e explicar como essa prática contribuirá para o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, a empresa facilita a adaptação e conquista a adesão dos funcionários.
Aqui estão algumas dicas práticas:
- Defina a jornada reduzida: Decida se a redução será de horas diárias ou apenas nas sextas-feiras, respeitando os limites legais de carga horária.
- Comunicação clara: Explique claramente o que é o Short Friday e como ele beneficiará os funcionários, para alinhar as expectativas.
- Compensação de horas: Caso necessário, estabeleça como as horas serão compensadas nos outros dias da semana, para manter a carga horária semanal.
- Escolha de áreas elegíveis: Considere quais departamentos ou funções podem ser mais flexíveis em relação à implementação do Short Friday.
Impactos e considerações
Embora o Short Friday tenha muitos benefícios, é preciso estar preparado para possíveis desafios, como a adaptação de alguns colaboradores e a necessidade de ajustes na carga de trabalho.
A redução de horas pode exigir uma reorganização das tarefas diárias, para não comprometer a produtividade da equipe.
O RH deve garantir que a gestão de pessoas esteja pronta para implementar mudanças de maneira eficaz e que as equipes se sintam motivadas a adotar a nova rotina de maneira positiva.
Short Friday no Brasil
No Brasil, o conceito de Short Friday está ganhando popularidade, especialmente em empresas de setores como tecnologia e saúde, que buscam melhorar o bem-estar de seus colaboradores.
No entanto, ao contrário de outros países, como a Islândia, onde a jornada reduzida já é mais comum, no Brasil a prática continua em fase de adaptação e não é tão disseminada.
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As empresas brasileiras precisam ajustar a prática à cultura local, considerando os desafios econômicos e a estrutura de trabalho de cada organização.
Adotar o Short Friday com soluções de benefícios flexíveis, como o cartão multibenefícios, é uma estratégia eficaz para aumentar a satisfação e retenção dos talentos da sua empresa.
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