O que o Big Brother pode ensinar sobre gestão de pessoas?

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Um boneco do Big Brother Brasil ao lado esquerdo do título: "gestão de pessoas" ou BBB "e RH".

O Big Brother Brasil, popularmente conhecido como BBB, é muito bem consolidado como um dos programas de maior audiência da TV brasileira. E não sei vocês, mas para mim, a graça do programa está em poder observar o comportamento e as ações dos participantes em situações de competição, liderança, pressão e até mesmo em momentos de instabilidade emocional, tudo isso enquanto lidam com a opinião pública.

Até porque essas situações — mesmo que de forma diferente — também fazem parte de nosso cotidiano, inclusive no trabalho. Dessa forma, me vejo obrigado a perguntar: você já imaginou o que o BBB pode ensinar sobre RH?

Se a resposta for não, continue a leitura para conhecer um pouco mais sobre o Big Brother Brasil e o que ele pode nos ensinar sobre gestão de pessoas.

Big Brother Brasil: uma breve história do programa

“Eu não gosto de Big Brother. Prefiro ler um livro”. Você com certeza já escutou essa frase que é repetida por aqueles que têm aversão ao programa. Se você conhece alguém que repete isso anualmente, uma ótima resposta seria “Tá, mas você sabia que o Big Brother foi inspirado em um livro?”. E não é um livro qualquer. Estamos falando de um dos maiores best sellers da literatura do século XX: o livro 1984 de George Orwell. 

Resumidamente, a trama do livro se passa em Oceânia, uma fictícia sociedade totalitária controlada pelo Grande Irmão (Big Brother), que vigia as pessoas constantemente e detém o poder de decidir o que é a verdade. 

Foi então que, baseado neste livro publicado em 1949, o holandês John de Mol Jr. teve, 50 anos depois, a ideia de reunir pessoas comuns em uma casa cheia de câmeras que transmitiam toda a convivência para milhares de pessoas. 

O sucesso estrondoso do programa nos Países Baixos fez com que, no ano seguinte, emissoras de outros 17 países comprassem os direitos para fazerem suas próprias edições do programa.

Já em terras tupiniquins, o Big Brother só chegou em 2002, quando a Rede Globo comprou os direitos de exibição. Naquela edição, que ainda era um protótipo do que o programa se tornaria 20 anos depois, havia apenas 12 participantes, vigiados por 37 câmeras e 60 microfones.

Confira a apresentação do primeiro Big Brother Brasil:

5 coisas que o BBB ensina sobre RH

Assim como aconteceu na história do RH, o BBB também mudou muito desde que foi criado. Mas como este produto midiático que tem o objetivo de entreter o público se relaciona com essa área tão importante na dinâmica das organizações?

Confira abaixo 5 lições que podemos tirar do Big Brother Brasil sobre Recursos Humanos.

Viva a diversidade!

Se há algum tempo a diversidade não passava de uma palavra, hoje é, além de tudo, um critério dos candidatos ao escolher o ambiente de trabalho ideal. 

As empresas que estabelecem comitês de diversidade, e outras ações para incentivar a inclusão, tendem a possuir uma imagem empregadora mais acolhedora e plural, além de serem mais desejadas pela nova geração de trabalhadores.

E você provavelmente sabe disso se acompanha o BBB há algum tempo, mas nem sempre o programa foi tão inclusivo quanto é hoje. Principalmente nas primeiras edições, pois havia pouquíssima inclusão de raça, gênero, sexualidade e até mesmo idade.

Mas assim como o mundo começou a dar a devida importância para estes debates, eles também chegaram ao principal reality show da Rede Globo. Vale lembrar da Prova do Líder Coca-Cola da edição 21, o qual os participantes precisaram completar palavras como diversidade, respeito e igualdade para conquistarem a liderança da semana.

Sem falar que, no programa, qualquer preconceito disfarçado de opinião ou comentário pode significar um decréscimo enorme de apoio do público e causar o tão temido cancelamento. Por isso, assim como participantes caretas não chegam muito longe no programa, saiba que empresas conservadoras e retrógradas também não.

As mudanças e a valorização da diversidade no programa apenas deixam explícito que as empresas não podem mais ignorar a importância da inclusão no mercado de trabalho.

Bastidores do show

Desde sua estreia em 2002, o Big Brother Brasil contou com três apresentadores principais. Apesar de Pedro Bial ser o que atuou em mais edições, quando Tiago Leifert assumiu a frente do programa, em 2017, os espectadores perceberam como o perfil do apresentador — muitas vezes visto como um líder dentro do reality — influencia na identidade da edição.

Em 2022 houve outra troca no apresentador principal. Tadeu Schmidt, jornalista famoso por apresentar o Fantástico, assumiu a responsabilidade de apresentar o programa. Com isso, a pergunta que fica é: como os diferentes tipos de líderes podem mudar a cara de um programa e de uma empresa?

Pedro Bial trazia toda uma carga emocional para o programa, enquanto encantava a todos com suas palavras poéticas — quem não se lembra dos discursos sempre marcantes das eliminações? Já Tiago Leifert trouxe uma característica mais jovem e proativa para as telas, se adaptando muito bem ao público dessas últimas edições do programa.

Entretanto, contrastando com os dois anteriores, Tadeu Schmidt traz consigo um bom humor que lhe é natural e certa informalidade (que transmite hospitalidade) para com os participantes e o público. 

Por isso, fica evidente que as empresas precisam procurar porta-vozes e líderes que representem o momento da organização. Se hoje o BBB é assistido tanto por pessoas mais velhas quanto por jovens, a troca de apresentadores serve muito bem para mostrar que a emissora está tentando achar um jeito de se comunicar com ambos os públicos.

Ninguém gosta de plantas

Calma lá, mães e pais de planta! Estou me referindo aos participantes do Big Brother Brasil que estão no programa simplesmente “apenas existindo”, como diz o meme. Em suma, são aqueles que não chamam atenção durante o reality e, por vezes, podem sair do programa despercebidos.

Mas assim como no programa têm pessoas que não aparecem para o jogo, muitas empresas também contam com colaboradores pouco engajados e interessados no que acontece na organização. A semelhança básica entre as plantas do BBB e a das empresas é que ambos estão sempre com grandes chances de saírem do jogo pela sua indiferença.

E se uma edição do programa com muitas plantas não traz entretenimento, uma equipe com muitos colaboradores sem vontade não traz resultados! Por isso, o RH não pode se esquecer da importância de realizar pesquisas de satisfação e nem de fortalecer a cultura organizacional.

Provas difíceis exigem recompensas gratificantes!

De modo geral, os participantes do BBB competem semanalmente pelas funções de Líder e Anjo, duas posições que, dentro da dinâmica do jogo, oferecem vantagens significativas. Entretanto, para vencer as diversas provas e dificuldades do confinamento na casa mais vigiada do Brasil, os participantes precisam ralar.

E é aqui que entra a importância da valorização do esforço e dos bons resultados. Apesar de todos entrarem no programa com o objetivo fixo de conquistar o prêmio final de R$1.5 milhão, a grande maioria das provas contém prêmios tais como carros, vale-compras, celulares e etc.

E não é para menos, né? A maior parte das provas exige, se não sorte, concentração e muito esforço. Não por acaso, a prova de resistência mais longa da história do programa no Brasil chegou a durar 42 horas e 58 minutos.

Na ocasião, Ana Clara e Kaysar, do BBB18, perseveraram por pouco menos que dois dias inteiros até que a produção foi obrigada a interromper a disputa, alegando preocupação com a saúde dos participantes. Após o ocorrido, ambos ganharam um carro da empresa que patrocinou a prova.

Da mesma forma, uma organização que pretende manter seus colaboradores engajados também precisa saber recompensá-los apropriadamente. Uma das melhores formas de se fazer isso é oferecendo benefícios atrativos, promovendo chances para os colaboradores progredirem e recompensando bons resultados!

Atenção com os seus ‘divertidamente’

Durante a exibição do BBB21, surgiram vários debates a respeito da saúde mental dos participantes do reality. Um dos casos que mais viralizaram, inclusive, envolvia a cantora Karol Conká e o ator Lucas Penteado, este que chegou até a abandonar o programa após sofrer perseguição dentro do game.

A longa história aciona diversas questões morais e com certeza foi um dos acontecimentos de maior destaque na edição. Ainda assim, vale lembrar que a staff do BBB fez questão de incluir uma psicóloga que fica de prontidão para atender os brothers.

E isso nos obriga a pensar como nos últimos tempos os debates acerca de saúde mental estão — felizmente — crescendo. E, é claro, isso também vale para a realidade das empresas!

As grandes organizações, assim como o BBB, não estão mais negligenciando o cuidado com a saúde mental e a importância dos psicólogos para a manutenção dela. Não por acaso, a última revisão da Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu a Síndrome de Burnout como doença ocupacional causada pelo estresse crônico no trabalho.

Então, fica aí o alerta de que as empresas devem mesmo se preocupar cada vez mais com a temática saúde mental.

Bônus: tudo que vai volta

Nas últimas edições do BBB, as redes sociais tornaram-se palco de discussões — e é claro, de memes — sobre o programa e seus participantes. Essa interação pelas redes também permite que a produção do reality acompanhe os feedbacks dos telespectadores em tempo real.

E isso só faz com que o programa torne-se cada vez mais o que o público deseja! Atualmente, a cada edição do programa as reações e trend topics das redes sociais têm possibilitado que a staff do BBB planeje mudanças no game.

Da mesma forma, na dinâmica de uma organização, os feedbacks tanto dos colaboradores quanto dos clientes são essenciais para o desenvolvimento da empresa. Pesquisas eNPS e com o seu público alvo também facilitam o diagnóstico do que precisa ser melhorado na organização.

Reuniões one on one também são ferramentas importantes para coleta de feedbacks, sendo uma das estratégias usadas para mensurar resultados de gestores.

Por fim

Hey, brother! O que achou de conhecer mais sobre a história do BBB e sobre o que ele pode ensinar para o setor de recursos humanos? Me conta sua opinião nos comentários abaixo!

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