Não é incomum vivenciar conflitos entre gerações no trabalho num contexto em que inúmeras organizações tentam abraçar valores de inclusão e diversidade. Isso pois pessoas de idades muito distintas tendem a ter perspectivas bem divergentes sobre o mundo. Um bom exemplo está nas diferenças dos filhos, pais, avós e demais familiares de épocas diferentes.
Conforme os tempos avançam, a mentalidade das pessoas também muda simultaneamente. Assim, cada geração alinha sua maneira de agir e pensar conforme o contexto que vive — o que também traz atritos intergeracionais no ambiente profissional.
Adiante compreenderemos o que são tais conflitos entre gerações no trabalho, como evitá-los; além de entender os perfis geracionais no mercado de trabalho.
O que é o conflito entre gerações no trabalho?
O conflito entre gerações no trabalho refere-se às tensões e divergências que podem surgir entre diferentes faixas etárias dentro de um ambiente profissional. Com a força de trabalho cada vez mais diversificada em termos de idades, é comum observar contrastes nas expectativas, valores, estilos de trabalho e comunicação entre gerações.
Esses conflitos podem surgir devido a diferenças de experiência, perspectivas e preferências de trabalho, impactando a colaboração e o desempenho geral da equipe. Também, é inevitável relacionar tais conflitos entre gerações no trabalho ao etarismo, tema que tem sido discutido nos últimos anos.
O que é o etarismo?
O etarismo é um tipo de preconceito que se dá pela idade dos indivíduos. Em sua maioria, as pessoas mais velhas (acima de 50 anos) são as que mais sofrem com o etarismo no mercado de trabalho.
Uma pesquisa da Ernst & Young e agência Maturi de 2022, que abrangeu quase 200 empresas no Brasil, revelou o cenário do mercado de trabalho para profissionais com mais de 50 anos. A análise indicou que a maioria das empresas consultadas apresenta uma composição de 6% a 10% de colaboradores nessa faixa etária em seus quadros funcionais.
Surpreendentemente, o estudo apontou que 78% das organizações se autodefinem como etaristas, enfrentando obstáculos na contratação de profissionais pertencentes a esse grupo etário. Isso evidencia a existência de barreiras para a inclusão efetiva de trabalhadores mais velhos, ressaltando a necessidade de abordagens mais inclusivas e diversificadas nas políticas de recrutamento e seleção.
Quais as gerações que integram o mercado de trabalho?
As gerações que podem ser encontradas no mercado profissional, e que por vezes vivenciam conflitos entre gerações no trabalho, são:
Geração Silenciosa (nascidos até 1945)
Embora muitos membros dessa geração estejam se aposentando, alguns ainda permanecem no mercado de trabalho, trazendo consigo uma forte ética de trabalho e valorizando a hierarquia organizacional.
Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964)
Essa geração representa uma parte significativa da força de trabalho, com muitos ocupando posições de liderança. Os baby boomers são conhecidos por seu comprometimento e dedicação ao trabalho, além de valorizarem empresas que mantêm os funcionários por um bom tempo.
Geração X (nascidos entre 1965 e 1980)
Membros dessa geração estão em diferentes estágios de suas carreiras. Eles são frequentemente reconhecidos por sua independência, adaptabilidade e equilíbrio entre vida profissional e pessoal.
Geração Y ou Millennials (nascidos entre 1981 e 1996)
Representam uma parte significativa da força de trabalho, sendo conhecidos por sua familiaridade com a tecnologia, desejo de propósito no trabalho e preferência por ambientes colaborativos.
Geração Z (nascidos a partir de 1997)
Gradualmente ingressando no mercado de trabalho, os membros da Geração Z são nativos digitais, caracterizados por sua fluência tecnológica, diversidade e expectativas em relação a ambientes de trabalho que promovam o bem-estar, flexibilidade e a inovação. Também valorizam empresas que o reconheçam profissionalmente.
Quais as diferenças das gerações no trabalho?
Como o perfil de cada geração difere, não é incomum encontrar diferenças comportamentais entre esses trabalhadores. As diferenças entre gerações no trabalho são evidentes nas expectativas, valores, estilos de trabalho e comunicação.
A Geração Silenciosa, por exemplo, traz uma ética de trabalho sólida, enquanto os Baby Boomers são conhecidos por comprometimento. Já os Millennials, ou Geração Y, valorizam a tecnologia e o propósito no trabalho. A Geração Z, nativa digital, busca ambientes inovadores e bem-estar no trabalho.
Como evitar e resolver conflitos entre gerações no trabalho?
Agora que entendemos de forma breve os perfis dessas gerações no trabalho, finalmente podemos avançar para minimizar e resolver os conflitos. Conheça algumas ações para considerar na hora de minimizar tais conflitos.
Programas de mentoria intergeracional
Uma boa estratégia muitas vezes envolve a criação de programas de mentoria que promovam a interação entre diferentes gerações. Assim, é possível ampliar a troca de conhecimentos e experiências, ajudando a compreender e valorizar as perspectivas de cada grupo.
Comunicação aberta e transparente
Estimular um ambiente de trabalho que favoreça a comunicação aberta entre todas as gerações também é fundamental. Incentivar o compartilhamento de ideias e a cultura de feedback para evitar mal-entendidos e promover uma compreensão mais profunda.
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Treinamentos de sensibilização e combate ao etarismo
Implementar treinamentos regulares para conscientização sobre o etarismo também pode ajudar. Nessas treinamentos é possível abordar preconceitos relacionados à idade e promover uma cultura inclusiva que valorize a contribuição de todas as faixas etárias.
Políticas de recrutamento inclusivas
Assim, é possível também desenvolver políticas de recrutamento que reconheçam e valorizem a diversidade geracional. Eliminar preconceitos relacionados à idade para a ocupação de certos cargos, assim como promover a contratação baseada no desempenho, são bons caminhos.
Criação de ambientes de trabalho flexíveis
Adotar políticas que permitam flexibilidade no local e horário de trabalho é uma tática razoavelmente nova, mas que está mostrando resultados incríveis. Dessa forma a empresa passa a reconhecer e respeitar as diferentes necessidades de equilíbrio entre vida profissional e pessoal de cada geração.
Promoção da diversidade e inclusão
Criar programas e iniciativas que promovam a diversidade e inclusão no ambiente de trabalho, como um comitê de diversidade, também é interessante. Lembre-se também de celebrar as diferentes perspectivas, experiências e habilidades que cada geração traz para a equipe.
Quais as vantagens de um ambiente de trabalho intergeracional?
Com tudo isso será possível aproveitar de uma organização renovada, e com respeito aos trabalhadores de todas as etapas da vida. Superados os conflitos entre gerações no trabalho, sua organização se beneficiará de:
- Inovação dinâmica:
Mistura de perspectivas impulsiona a inovação.
- Aprendizado contínuo:
Troca de conhecimentos entre gerações promove aprendizado constante.
- Crescimento profissional:
Oportunidades de mentoria geram crescimento profissional.
- Resolução de problemas eficaz:
A diversidade geracional contribui para abordagens abrangentes na resolução de desafios.
- Ambiente inclusivo:
Fomenta uma cultura que valoriza contribuições de todas as faixas etárias.
- Desempenho sustentável:
Equilíbrio entre experiência e inovação promove desempenho consistente e duradouro.
Por fim…
A realidade da grande maioria das organizações ainda não é positiva em relação à diversidade de pessoas. Um caminho para isso, no âmbito do etarismo ao menos, é promover o diálogo de colaboradores de diferentes idades.
Oferecer benefícios personalizados para cada faixa etária também é uma saída para tornar o ambiente mais agradável para todos. Para isso, os benefícios flexíveis assumem um papel fundamental para as organizações. Conheça preenchendo o formulário abaixo e descubra como a Eva pode ajudar sua organização.